segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Escola de Surdos

De fato prevalece a escola de surdos a partir de toda uma organização de ensino estruturado por ouvintes. Esta é uma realidade que precisa ser transformada. Os surdos precisam tomar a frente de sua própria história, construindo, reivindicando suas reais necessidades. As escolas têm um referencial fundamental de instigar os alunos desde a sua entrada na escola, para serem cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, e os preconceitos limitadores desta cidadania.
Segundo Veiga-Neto, a escola será um espaço de encontro surdo, pois, além de ser ela a primeira instituição onde muitos têm a chance de conviver e de se auto identificarem com outros surdos, é também um espaço de convivência acima de qualquer suspeita.
No texto “A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, de Harlan Lane, duas vias estão abertas aos lideres surdos: Trabalhar pela reforma dentro do actual sistema audista, ou desafiar esse sistema. Ao seguir a primeira via, os surdos têm o preço a pagar, pois implicitamente subscrevem a hostil definição da experiência surda como uma enfermidade. Se o sistema audista continuar a por de parte os próprios surdos, silenciar a sua narrativa e evitar a sua colaboração, teremos de esperar que os adultos surdos, sigam a via que tipicamente tem sido seguida por outras minorias lingüísticas frustradas.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Oi Zélia, pensando sobre a eduação de surdos, o que vislumbras como desafio? Abraços