Uma escola inclusiva é uma escola que se organiza para atender às necessidades de seus alunos. Não é o aluno que se adapta à escola e sua estrutura; é a escola que se estrutura para atender ao aluno.
Em nosso município, muito se tenta fazer, mas ainda estamos longe de estarmos adequados para um atendimento eficiente a alunos portadores de necessidades especiais. Primeiro para um aluno ter algum tipo de atendimento, ele precisa ter um laudo médico, e para obter esse laudo, é uma verdadeira maratona de paciência e insistência. O processo em busca do documento, muitas vezes, começa na escola, com a orientação educacional, encaminhando para a primeira consulta no posto de saúde, para no segundo encontro ser encaminhado para exames e outras especialidades, até conseguir o tão necessário laudo.
E no fim das contas, quem vai dar o encaminhamento? Existe uma grande fila de espera para conseguir uma consulta.
Se perguntarem se o município oferece atendimento psicológico, neurológico e psiquiátrico, podemos afirmar que sim. Mas de maneira muito precária, pois os pacientes esperam muitas vezes até mais do que um ano pelo atendimento. E sorte dos que ainda conseguem.
Uma forma de exemplificar o que estou discutindo acima, é a situação que esteve presente em meu cotidiano no ano de dois mil e oito, na escola que trabalho, no qual vários alunos com suspeita de necessidade de atendimento fonoaudiológico não foram atendidos com a atenção devida. Nesse caso, foi solicitado a Secretaria de Educação de Gravataí um fonoaudiólogo para vir até escola fazer uma triagem com os alunos pré-analisados pela orientação educacional. Para a grande surpresa encerou o ano letivo e nem todos os alunos puderam ter seu atendimento, pois a “fono” chegava na escola às 14 horas e aproximadamente às 15 horas 30 minutos já estava de saída. E aí ? Onde está a falha da falta de atendimento?
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