terça-feira, 13 de outubro de 2009

Seu Nome é Jonas

O ser humano é dotado de diferentes funções sensoriais e através delas relaciona-se com o mundo e desenvolve suas habilidades. Ouvir é uma dessas funções e sua privação implica a necessidade de especializar outras modalidades sensoriais para aquisição de conhecimento, na busca de informações e estabelecimento de relações interpessoais.
A tarefa de reconhecer, interpretar e compreender é de extrema complexidade para quem esta privada da habilidade de ouvir. Para tanto, o visual e a experiência (atividades práticas) são instrumentos imprescindíveis na aprendizagem e precisam estar atrelados à compreensão e respeito por uma cultura especifica que emerge de uma sociedade de ouvintes.
O primeiro desafio do Jonas (menino protagonista do filme Seu Nome é Jonas) foi o preconceito vivido pela própria família, onde pelo desconhecimento do problema pela falta de um diagnóstico preciso em tempo, levou-o a ser internado em um hospital psiquiátrico por três anos. Jonas teve que conviver com o estigma de ser considerado retardado tendo sua identidade negada por anos de sua vida. Uma sociedade que culturalmente exclui o diferente, não aceitava o convívio do menino com as outras pessoas hostilizando sua presença, pois o considerava uma ameaça para outras pessoas.
Na escola onde a mãe tentou colocar Jonas não aceitava a comunicação através de sinais, queria que ele aprendesse leitura labial, o que tornava mais difícil a sua comunicação com as outras pessoas. Em muitas situações Jonas se torna agressivo por não ser compreendido. A mãe levada ao desespero por não saber como proceder para se comunicar com Jonas procurava ajudá-lo de alguma forma. Até que uma pessoa lhe convida para conhecer um clube onde se reúnem pessoas surdas. Lá eles se comunicam entre si através da língua de sinais. Então surge a solução para Jonas e ele aprende a se comunicar com outras pessoas, a ter um significado para sua existência.
Se a história de Jonas acontecesse nos dias de hoje, não seria muito diferente não, pois alguns médicos custam para dar o diagnóstico, o preconceito social ainda é muito forte e as escolas são muito resistentes a inclusão. Talvez a única diferença fosse à internação no hospital psiquiátrico.
Hoje existem algumas escolas especializadas para alunos surdos, mas não são todas pessoas que tem acesso.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Pois é Zélia é complicado... os anos passam e as coisas pouco evoluem. Então, para que a inclusão aconteça de fato, qual o papel da família e da escola? =)