segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Escola de Surdos

De fato prevalece a escola de surdos a partir de toda uma organização de ensino estruturado por ouvintes. Esta é uma realidade que precisa ser transformada. Os surdos precisam tomar a frente de sua própria história, construindo, reivindicando suas reais necessidades. As escolas têm um referencial fundamental de instigar os alunos desde a sua entrada na escola, para serem cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, e os preconceitos limitadores desta cidadania.
Segundo Veiga-Neto, a escola será um espaço de encontro surdo, pois, além de ser ela a primeira instituição onde muitos têm a chance de conviver e de se auto identificarem com outros surdos, é também um espaço de convivência acima de qualquer suspeita.
No texto “A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, de Harlan Lane, duas vias estão abertas aos lideres surdos: Trabalhar pela reforma dentro do actual sistema audista, ou desafiar esse sistema. Ao seguir a primeira via, os surdos têm o preço a pagar, pois implicitamente subscrevem a hostil definição da experiência surda como uma enfermidade. Se o sistema audista continuar a por de parte os próprios surdos, silenciar a sua narrativa e evitar a sua colaboração, teremos de esperar que os adultos surdos, sigam a via que tipicamente tem sido seguida por outras minorias lingüísticas frustradas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Características da Linguagem e do pensamento do educando Jovem e Adulto

Ao ler o texto, “Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e Aprendizagem” de Marta Kohl, tive a oportunidade de certificar que as hipóteses levantadas em minha prática pedagógica, estarem apoiadas em teorias fundamentadas.
Práticas de educação de jovens e adultos têm resultado, para seu sucesso, a necessidade de fortalecer a auto-estima e a construção da identidade dos sujeitos que dela participam. Atendendo a estas pessoas cuja experiência na educação regular foi negada ou frustrada por sucessivas reprovações e evasões, o processo de escolarização destes jovens e adultos de vê representar uma contribuição da dignidade e para a construção da cidadania crítica e participativa.

Os educandos da educação de jovens e adultos, segundo o texto, apresentam aspectos homogêneos e heterogêneos. De homogeneidade, porque agrega membros de “não crianças”, de excluídos da escola, e pertinentes a parcelas “populares” da população pouco escolarizadas e inseridas no mundo do trabalho em ocupações de baixa qualificação profissional e baixa remuneração. A heterogeneidade, no desenvolvimento de formas peculiares de construção de conhecimento e de aprendizagem, já que o funcionamento psicológico para os membros de um mesmo grupo se difere. Jovens e adultos de um mesmo grupo cultural, apresentam pensamento referido ao contexto da experiência pessoal imediata, dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldades de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva. Entretanto, nesse mesmo grupo, há pessoas que não apresentam tais características.

Jovens e adultos procuram a escola inicialmente motivados pela expectativa de conseguir um emprego melhor, ou então são levados pelo desejo de elevação da auto-estima, e da melhoria de sua vida pessoal. Como por exemplo, ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Entende-se que o maior motivo da procura da escola é a necessidade de fixação de sua identidade como ser humano e ser social.
A escola voltada para a educação de jovens e adultos, portanto, deve ser ao mesmo tempo um local de confronto de culturas e interação social.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O surdo e a Aprendizagem

Historicamente as pessoas surdas têm sido excluídas do espaço onde tem se efetivado a aquisição da linguagem oral e escrita daqueles que freqüentam as classes regulares.
O ser humano é dotado de diferentes funções sensoriais e através delas relaciona-se como mundo e desenvolve suas aprendizagens. Ouvir é uma dessas funções e sua privação implica a necessidade de especializar outras modalidades sensoriais para a aquisição de conhecimento, na busca de informações e estabelecimento de relações interpessoais.
Os alunos necessitam de um trabalho constante no sentido de estabelecer e aceitar uma identidade surda, buscando constantemente superação de desafios que se apresenta na escola, na família e na comunidade, assim faz-se necessário um trabalho de sensibilização, para que a comunidade conheça o surdo, quais suas necessidades e potencialidades de forma que ele possa viver, conviver, trabalhar e ser feliz.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Seu Nome é Jonas

O ser humano é dotado de diferentes funções sensoriais e através delas relaciona-se com o mundo e desenvolve suas habilidades. Ouvir é uma dessas funções e sua privação implica a necessidade de especializar outras modalidades sensoriais para aquisição de conhecimento, na busca de informações e estabelecimento de relações interpessoais.
A tarefa de reconhecer, interpretar e compreender é de extrema complexidade para quem esta privada da habilidade de ouvir. Para tanto, o visual e a experiência (atividades práticas) são instrumentos imprescindíveis na aprendizagem e precisam estar atrelados à compreensão e respeito por uma cultura especifica que emerge de uma sociedade de ouvintes.
O primeiro desafio do Jonas (menino protagonista do filme Seu Nome é Jonas) foi o preconceito vivido pela própria família, onde pelo desconhecimento do problema pela falta de um diagnóstico preciso em tempo, levou-o a ser internado em um hospital psiquiátrico por três anos. Jonas teve que conviver com o estigma de ser considerado retardado tendo sua identidade negada por anos de sua vida. Uma sociedade que culturalmente exclui o diferente, não aceitava o convívio do menino com as outras pessoas hostilizando sua presença, pois o considerava uma ameaça para outras pessoas.
Na escola onde a mãe tentou colocar Jonas não aceitava a comunicação através de sinais, queria que ele aprendesse leitura labial, o que tornava mais difícil a sua comunicação com as outras pessoas. Em muitas situações Jonas se torna agressivo por não ser compreendido. A mãe levada ao desespero por não saber como proceder para se comunicar com Jonas procurava ajudá-lo de alguma forma. Até que uma pessoa lhe convida para conhecer um clube onde se reúnem pessoas surdas. Lá eles se comunicam entre si através da língua de sinais. Então surge a solução para Jonas e ele aprende a se comunicar com outras pessoas, a ter um significado para sua existência.
Se a história de Jonas acontecesse nos dias de hoje, não seria muito diferente não, pois alguns médicos custam para dar o diagnóstico, o preconceito social ainda é muito forte e as escolas são muito resistentes a inclusão. Talvez a única diferença fosse à internação no hospital psiquiátrico.
Hoje existem algumas escolas especializadas para alunos surdos, mas não são todas pessoas que tem acesso.

domingo, 4 de outubro de 2009

linguagem de Sinais



Tenho em minha escola um aluno que utiliza aparelho auditivo, mas não escuta claramente, utiliza-se da leitura labial. Como esse aluno não é da minha turma, não tenho contato direto com ele. Falo com ele mais pausado para que ele possa ler meus lábios. Ele apresenta dificuldades na fala, e está iniciando no curso de libras.
Sabemos que não somos iguais. Assim, as diferenças existem e precisamos conviver com elas e aprender a respeitá-las. Como o processo de comunicação mais convencional é através da oralidade, onde o interlocutor troca informações através da fala, a comunicação com uma pessoa surda fica prejudicada.
A ferramenta utilizada, portanto, a língua de sinais, torna-se um meio para que, os surdos possam se comunicar, e para que nós, ouvintes, possamos interagir com eles. Porém, a grande maioria das pessoas não apresenta um domínio sobre essa língua.
Levando essas considerações para o espaço escolar, conseguimos nos deparar com a dificuldade que as pessoas surdas enfrentam. Como a sociedade é muito discriminadora, o que ocorre em muitos casos, é a criança ser discriminada pelos colegas, pela escola ou pela própria família, que não conseguem aceitar a deficiência.
Acredito que ser surdo é como ser um estrangeiro querendo se comunicar aqui no Brasil. A pessoa surda tem sua cultura, sua linguagem, com um vocabulário próprio, e eu como não conheço tais aspectos tenho que criar meios para poder me comunicar.
Por isso acredito na relevância dessa interdisciplina, pois o professor é preparado para atuar como uma criança normal, "a ouvinte", e acredito não estar preparada para atender as dificuldades, as inquietações de uma criança com essa cultura não conhecida até então por mim.
Para me comunicar com uma pessoa surda me sirvo das mímicas, pois não me sinto preparada para “dialogar” através da linguagem de sinais, pois conheço somente o alfabeto.
Acredito que a escola terá de adaptar-se a todas as crianças, ou melhor, a variedade humana. Não podemos continuar a defender que tem de ser a criança a adaptar-se às exigências escolares, mas sim, o contrário, a escola se apropriar das questões relevantes de seu meio social.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Currículo Integrado

Currículo Integrado

Acredito que por medo e por não ter embasamento teórico, professores acabam optando por se deter nos conteúdos de determinada área do conhecimento e enfatizando essa cultura escolar tão fragmentada que tomos. Por exemplo, o professor de matemática por achar que não tem conhecimentos sobre determinado acontecimento histórico, acaba por não trabalhar com estatísticas, problemas envolvendo o fato e a matemática, pelo constrangimento de dizer que não sabe determinado assunto. Porém trabalhar de forma interdisciplinar é trabalhar com outro, aprendendo e ensinando.
A escola deve aproveitar o que o aluno traz de casa, seus conhecimentos, vivências e interesses, de forma a agregar isso a suas práticas. Trabalhar com os interesses e o que circula na comunidade torna a aprendizagem mais significativa, possibilitando um envolvimento de todas as áreas do conhecimento, trabalhando em conjunto.
Exemplo claro disso é aproveitar a eleição da associação de moradores, um acontecimento da comunidade, para trabalhar em sala de aula. Na área de conhecimento de “Sócio história” trabalhar com como essa questão surgiu no município de Gravataí, em “Ciências matemáticas” trabalhar com número de eleitores, tabelas, gráficos, etc. e assim com as outras áreas do conhecimento.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Letramento e a prática social

O letramento figura no meio acadêmico, apropriado pelo discurso oficial, tem chego às escolas em forma de currículo pedagógico com a preocupação de concretizar a alfabetização na sala de aula. O letramento tem sido definido como o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita no contexto social, visando à inserção do sujeito na sociedade onde se faz necessário tais habilidades.
A escrita diferente da oralidade exige uma organização mental e um domínio no processo de aquisição de códigos. O letramento vai além do que a escola considera o mundo da escrita, a escola como fonte de letramento, sem a preocupação do ponto de vista social.
Conforme (Kleiman, 2006), outras agências de letramento, como a família, a igreja, a rua, os lugares de trabalho, mostram orientações de letramento muito diferentes.
Em compreensão ao texto, são apresentadas duas concepções de letramento, a concepção autônoma, que não nos permite questionar textos, exemplo a bula de remédio, que vem respaldada por instituições de prestígio, como seriam as instituições médicas e a própria tradição letrada. A concepção ideológica, afirma que as práticas letradas são determinadas pelo contexto social.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Educação de Jovens e Adultos






A educação de jovens e adultos ainda é vista por muitos como forma de alfabetizar quem não teve a oportunidade de estudar na idade dita “certa”. Outros afirmam a procura se dá devido ao abandono escolar, esse que é caracterizado pela permanência excessiva na mesma série. Atualmente o ingresso a essa modalidade da educação se dá com a intenção da preparação para o mercado de trabalho, esse que cada dia está mais concorrido. Para outros, e posso visualizar muitos de nossos alunos nesse caso, é motivo de muito orgulho ter um certificado de conclusão de curso.

domingo, 21 de junho de 2009

DEFICIENCIA MENTAL

QUEM É O DEFICIENTE MENTAL?

Dentro da educação a deficiência tem sua história marcada por quatro fases. A primeira, anterior ao século 20, foi da exclusão, eram considerados inválidos e inúteis, A segunda, no século 20, foi da segregação, eram mantidos em grandes instituições, fora do convívio social. A terceira na década de 70, é da integração, eles passam freqüentar a escola regular e devem se adaptar a ela. Finalmente a quarta fase, na década de 80 é da inclusão que traz a necessidade de adaptar o sistema escolar às necessidade das pessoas com deficiência, segundo Sassaki(1997).
Acreditamos que a inclusão é uma questão maior que a própria deficiência e está posta para todos nós. Uma escola inclusiva deve abranger todos os alunos independentes de suas diferenças.
O conceito de Deficiência Mental (DM) e a classificação estão ainda embasados em padrões de normalidade, é usado um modelo clínico com um sistema quantitativo (Q.I.), focando a deficiência e suas limitações: “DM é um estado onde existe limitação em algumas áreas do funcionamento humano”. A capacidade adaptação da pessoa ao mundo é elemento ligado à noção de norma e o mecanismo social que atribui é sempre comparativo.
Hoje se faz uma revisão e se propõe uma avaliação que contemple um critério qualitativo (adaptativo), ou seja, a pessoa é avaliada a partir do seu funcionamento adaptativo, como enfrenta as exigências comuns da vida e experimenta uma certa independência, constituindo descriminações mais funcionais. Este novo enfoque centraliza mais no sujeito deficiente mental sob o ponto de vista das oportunidades.
A partir desse novo enfoque pode-se melhor conhecer as potencialidades da pessoa com DM e oferecer possibilidades para melhor desenvolver suas habilidades. Esta é uma visão do sujeito como alguém com capacidade e possibilidades, a deficiência deixa de ser o foco, centrando-se assim na pessoa.
A escola como um espaço inclusivo deve oportunizar ao DM o desenvolvimento das diferentes habilidades, organizando seu currículo levando em conta que as crianças e adolescentes possuem características, necessidades e habilidades que são únicas, respeitando assim o processo de cada um. A escola precisa oferecer desafios adequados aos alunos DM, valorizando suas habilidades e trabalhando suas potencialidades.
A DM tem suas causas em situações pré-natais, pré-natais e pós-natais. A intensidade do comprometimento está relacionada a sua causa e aos fatores culturais e sociais que fazem parte da história do sujeito.
Existe uma incidência maior de DM em países subdesenvolvidos, isto nos faz analisar que programas preventivos na área de saúde, assistência social e educação, poderiam reduzir essa população e que as causas da DM também estão ligadas às oportunidades e as condições sociais e culturais que esse sujeito foi submetido pela sua família e pela sociedade.
O primeiro meio social em que o ser humano vive é a família, para o DM ela desempenha um papel fundamental no seu desenvolvimento, a partir de sua aceitação na busca de oportunidades para seu crescimento, ela estará contribuindo para o desenvolvimento do seu potencial. Se a família acreditar na capacidade do DM, ele poderá usufruir um espaço mais amplo e construtivo para a sua inclusão social e para o exercício de sua cidadania, tornando-se um sujeito de direitos, capaz de produzir e contribuir na diversidade da sociedade.

domingo, 14 de junho de 2009

Aprender

Não se aprende na passividade, só na atividade, se exige esforço, desejo, necessidade. Para viajar, necessitamos determinação e ser afetado pela viagem. Como diz Serres “Quem não se mexe não aprende nada.” Só se aprende quando se tem o desejo ou a necessidade de aprender. E toda nova aprendizagem nos causa uma certa insegurança.O processo aprender é contínuo em nossa vida. Como se diz: ”Vivendo e aprendendo”. Quando iniciamos nossa graduação, muitas de nos alunas não sabíamos fazer uso do computador. Com o início do curso, fomos motivados e tivemos desejo de aprender. Hoje estamos com uma aprendizagem bem significativa nas tecnologias.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os Indios

Devido à invasão cultural por diversos povos que colonizaram o Brasil, o Índio, por sua vez, perdeu um pouco de sua real identidade. Em função disso, diversos questionamento e contradições surgem pelo fato da palavra índio, talvez, não definir exatamente o que teria que concluir.
Hoje, ao falarmos desses indivíduos e, principalmente, quando esse assunto invade a escola, passamos a perceber que o termo já não é usado da forma correta. Temos a impressão de que o povo indígena é algo distante, concepção que está incorreta, pois a presença dos mesmos continua existindo, embora a grande diminuição dos povos contribua para, talvez , um leve esquecimento dos costumes ou até do verdadeiro modo de vida desses indivíduos.
Hoje em dia, a revalorização das culturas indígenas estão presentes e possibilitam que o orgulho étnico, o valor cultural e a afirmação da identidade sejam recuperados. Os povos indígenas brasileiros, atualmente, podem ser considerados como sobreviventes da história da colonização européia que, por vários motivos, insistiu na escravização destes. Dessa forma, é evidente a busca consolidada de um espaço digno na história desse país que possui culturas distintas, tornando a variedade imensa.
A principal marca do povo indígena, pode ser considerada a diversidade de povos, de civilizações, de culturas e de religiões. Essa etnia seja, talvez, o maior exemplo de convivência coletiva, de respeito e de disciplina.
O reconhecimento total desse povo ainda esta distante e, por esse motivo, é necessário que haja algo que sane essa deficiência da ma informação tanto para os próprios índios, quanto para todo a população brasileira; trazendo, novamente o orgulho os valores, os costumes e o orgulho.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Participação do 5° Salão de EAD

Tive a grande satisfação em poder participar do 5° Salão de EAD da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pois, dessa forma, pude presenciar a as distintas trocas de experiências pelos diversos cursos da graduação à distância, que mostraram a alta qualidade do ensino, trazendo a idéia de que não se difere dos demais cursos presenciais da Universidade. Nesse encontro, pude também, ampliar o relacionamento com colegas da própria turma que antes que, devido a falta de convivência pessoal diária, não era possível manter contatos não virtuais.
Foi possível perceber dentro da própria Universidade que o preconceito, embora não declarado, ainda impera entre muitos alunos e alguns professores; é notável a diferença que é imposta perante essa nova forma de graduação.
Dessa forma, a participação no Salão de EAD contribuiu para o processo de aprendizagem que está sendo construído na minha trajetória acadêmica.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Diversidade

A diversidade

O contato entre as pessoas de diferentes origens, a diminuição das distâncias, vem surgindo um processo de criação de novas identidades. Constituindo-se culturas nas quais as identidades se misturam e se confundem.
Diante dessas transformações, é preciso combater as atitudes de discriminação, seja de etnia, de condição social, de religião, estimulando a atitudes de respeito à diversidade. E para isso, é preciso conhecer e compreender suas crenças e valores, sua visão de mundo e seu modo de vida.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estagios do Desenvolvimento

Estágios do Desenvolvimento
Teoria de Jean Piaget


Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todos esses períodos, nessas seguência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.


Período Sensório-Motor (0 a 2 anos)

Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. A criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto. Por exemplo, descobre que, se puxar uma toalha, o que estiver em cima ficará mais perto dela. Utiliza a inteligência prática ou sensório-motora, que envolve as percepções e os movimentos.



Período Pré Operacional ( 2 a 7 anos)

Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo, e social da criança. Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. Passa a procurar a razão causal e finalista de tudo ( é a fase dos famosos “porquês”). È um pensamento mais adaptado ao outro e ao real.


Período das Operações Concretas ( 7 aos 12 anos )

Neste período, se da o in´cio da construção lógica, a capacidade de estabelecer relações que permitam a coordenação de ponto de vista diferentes. A criança consegue exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de reflexão que se inicia, isto é, pensar antes de agir.


Período das Operações Formais ( 12 anos em diante)

Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato. O adolescente realiza as operações no plano das idéias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar com conceitos como liberdade e justiça. O adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular.

Aprendizagem

Aprendizagem



A aprendizagem é um processo contínuo, constituído por períodos, da infância, adolescência, vida adulta e velhice, que se diferenciam entre si. Construímos nossas aprendizagens tanto dentro, como fora da escola. Aprendemos muito, com que existe em nosso meio.
Vivo em constante aprendizagem, atenta a tudo que está a minha volta, portanto, muitas dessas aprendizagens, construo sozinha, através de leituras, em minhas reflexões, e tantas outras construo com as pessoas que de alguma forma contribuem para tal construção.
Um processo ensino aprendizagem muito importante que acontece comigo é o manuseio do computador. Ao ingressar na universidade, deparei-me com essa grande dificuldade, pois sabia apenas coisas muito básicas e para acompanhar o desenvolvimento do curso da graduação, seria necessário um conhecimento tecnológico bem significativo, o qual tive que me esforçar para aprender a trabalhar com essa tecnologia. .
No início foi muito difícil, pois não conseguia assimilar o que deveria fazer em frente ao monitor. Foram longos dias de estresse, pois estava passando por esse processo de aprendizado e, em algumas vezes, a paciência tanto minha quanto à de quem ensinava, parecia esgotar-se. Com a ajuda quase que constante de minhas filhas e de algumas colegas do PEAD para as postagens das tarefas acadêmicas. Aos poucos fui, começando a entender esse universo que, para mim, era bastante desconhecido e confuso.
Com o passar do tempo, minhas dúvidas se diferenciavam daquelas que, para mim, eram agora de fácil entendimento, porém, novos questionamentos são impostos, pois as atividades do curso exigem que o domínio do computador seja ainda maior, trazendo sempre muitas novidades, fazendo com que o meu aperfeiçoamento seja contínuo e a adição de conhecimento seja constante.

sábado, 2 de maio de 2009

Educação Inclusiva

Uma escola inclusiva é uma escola que se organiza para atender às necessidades de seus alunos. Não é o aluno que se adapta à escola e sua estrutura; é a escola que se estrutura para atender ao aluno.
Em nosso município, muito se tenta fazer, mas ainda estamos longe de estarmos adequados para um atendimento eficiente a alunos portadores de necessidades especiais. Primeiro para um aluno ter algum tipo de atendimento, ele precisa ter um laudo médico, e para obter esse laudo, é uma verdadeira maratona de paciência e insistência. O processo em busca do documento, muitas vezes, começa na escola, com a orientação educacional, encaminhando para a primeira consulta no posto de saúde, para no segundo encontro ser encaminhado para exames e outras especialidades, até conseguir o tão necessário laudo.
E no fim das contas, quem vai dar o encaminhamento? Existe uma grande fila de espera para conseguir uma consulta.
Se perguntarem se o município oferece atendimento psicológico, neurológico e psiquiátrico, podemos afirmar que sim. Mas de maneira muito precária, pois os pacientes esperam muitas vezes até mais do que um ano pelo atendimento. E sorte dos que ainda conseguem.
Uma forma de exemplificar o que estou discutindo acima, é a situação que esteve presente em meu cotidiano no ano de dois mil e oito, na escola que trabalho, no qual vários alunos com suspeita de necessidade de atendimento fonoaudiológico não foram atendidos com a atenção devida. Nesse caso, foi solicitado a Secretaria de Educação de Gravataí um fonoaudiólogo para vir até escola fazer uma triagem com os alunos pré-analisados pela orientação educacional. Para a grande surpresa encerou o ano letivo e nem todos os alunos puderam ter seu atendimento, pois a “fono” chegava na escola às 14 horas e aproximadamente às 15 horas 30 minutos já estava de saída. E aí ? Onde está a falha da falta de atendimento?

domingo, 26 de abril de 2009

Aprendizagem

Aprendizagem



A aprendizagem é um processo contínuo, constituído por períodos, da infância, adolescência, vida adulta e velhice, que se diferenciam entre si. Construímos nossas aprendizagens tanto dentro, como fora da escola. Aprendemos muito, com que existe em nosso meio.
Vivo em constante aprendizagem, atenta a tudo que está a minha volta, portanto, muitas dessas aprendizagens, construo sozinha, através de leituras, em minhas reflexões, e tantas outras construo com as pessoas que de alguma forma contribuem para tal construção.
Um processo ensino aprendizagem muito importante que acontece comigo é o manuseio do computador. Ao ingressar na universidade, deparei-me com essa grande dificuldade, pois sabia apenas coisas muito básicas e para acompanhar o desenvolvimento do curso da graduação, seria necessário um conhecimento tecnológico bem significativo, o qual tive que me esforçar para aprender a trabalhar com essa tecnologia. .
No início foi muito difícil, pois não conseguia assimilar o que deveria fazer em frente ao monitor. Foram longos dias de estresse, pois estava passando por esse processo de aprendizado e, em algumas vezes, a paciência tanto minha quanto à de quem ensinava, parecia esgotar-se. Com a ajuda quase que constante de minhas filhas e de algumas colegas do PEAD para as postagens das tarefas acadêmicas. Aos poucos fui, começando a entender esse universo que, para mim, era bastante desconhecido e confuso.
Com o passar do tempo, minhas dúvidas se diferenciavam daquelas que, para mim, eram agora de fácil entendimento, porém, novos questionamentos são impostos, pois as atividades do curso exigem que o domínio do computador seja ainda maior, trazendo sempre muitas novidades, fazendo com que o meu aperfeiçoamento seja contínuo e a adição de conhecimento seja constante.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Aprendendo com a Inclusão

Aprendendo com a Inclusão

Não tenho lembrança de alguma vez, ter tido algum tipo de resistência em trabalhar com algum aluno com algum tipo de necessidade especial.
Certo tempo atrás, se nos professores, deparávamos com algum aluno, com algum tipo de “deficiência”, encaminhávamos para atendimento especializado e mais tarde vinha um laudo que dependendo do grau da deficiência passaria a freqüentar a Escola Especial Cebolinha (Escola que presta atendimento ao aluno com necessidade especial, aqui na cidade de Gravataí). Hoje, ainda continuamos a fazer o mesmo procedimento, encaminhar alunos para atendimento especializado, só com uma diferença, seja qual for o laudo do aluno, o mesmo permanece na escola regular.. O que fazer? Como proceder?
Na minha escola, já trabalhamos com vários alunos com algum tipo de necessidade especial, mas sempre necessidades leves: como baixa visão, baixa audição, retardo mental moderada.
Em 2005, uma aluna veio para a escola, e passou a freqüentar minha sala de aula, na época, com 25 anos e portadora de necessidade especial, vou chamá-la de “Maria”, nome fictício. Maria, portadora de deficiência mental, quando criança, já havia freqüentado a Escola Especial Cebolinha, permanecendo lá até a adolescência; porém sua mãe resolveu que seria melhor não mais freqüentar a escola, então já fazia alguns anos que Maria não mais tinha acesso à escola.
Na época, minha turma era formada por 14 alunos e Maria era uma das alunas mais novas, então Maria se sentia realizada, pois todos os colegas a tratavam com muito carinho. Como era uma turma de alfabetização de jovens e adultos, trabalhava com planejamento diferenciado e o planejamento de Maria era igual à de outros colegas, sem serem portadores de nenhuma necessidade especial, mas sim, portadores de muitas necessidades, como de auto- estima, de carinho, de respeito, de igualdade, pois eram pessoas que mal desenhavam seu nome e alguns nem isso conseguiam, usavam o dedo no momento de assinar seu nome. E Maria também tinha que usar o dedo, ao invés de assinar. Comecei a trabalhar com Maria sem ter nenhuma preparação, sem nenhum embasamento. Mas sempre tentei desenvolver as minhas aulas, da melhor maneira possível, que atendesse a necessidade de Maria. Chega o final do ano de 2005; alguns alunos se alfabetizaram, mas Maria não. Porém, Maria se sentia muito feliz, pois já não usava o “dedão,” como ela se expressava, já era capaz de desenhar o seu primeiro nome.
Atualmente, Maria continua a frequentar a escola, não está alfabetizada, mas desenvolveu muitas habilidades desde seu ingresso.