segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Escola de Surdos

De fato prevalece a escola de surdos a partir de toda uma organização de ensino estruturado por ouvintes. Esta é uma realidade que precisa ser transformada. Os surdos precisam tomar a frente de sua própria história, construindo, reivindicando suas reais necessidades. As escolas têm um referencial fundamental de instigar os alunos desde a sua entrada na escola, para serem cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, e os preconceitos limitadores desta cidadania.
Segundo Veiga-Neto, a escola será um espaço de encontro surdo, pois, além de ser ela a primeira instituição onde muitos têm a chance de conviver e de se auto identificarem com outros surdos, é também um espaço de convivência acima de qualquer suspeita.
No texto “A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, de Harlan Lane, duas vias estão abertas aos lideres surdos: Trabalhar pela reforma dentro do actual sistema audista, ou desafiar esse sistema. Ao seguir a primeira via, os surdos têm o preço a pagar, pois implicitamente subscrevem a hostil definição da experiência surda como uma enfermidade. Se o sistema audista continuar a por de parte os próprios surdos, silenciar a sua narrativa e evitar a sua colaboração, teremos de esperar que os adultos surdos, sigam a via que tipicamente tem sido seguida por outras minorias lingüísticas frustradas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Características da Linguagem e do pensamento do educando Jovem e Adulto

Ao ler o texto, “Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e Aprendizagem” de Marta Kohl, tive a oportunidade de certificar que as hipóteses levantadas em minha prática pedagógica, estarem apoiadas em teorias fundamentadas.
Práticas de educação de jovens e adultos têm resultado, para seu sucesso, a necessidade de fortalecer a auto-estima e a construção da identidade dos sujeitos que dela participam. Atendendo a estas pessoas cuja experiência na educação regular foi negada ou frustrada por sucessivas reprovações e evasões, o processo de escolarização destes jovens e adultos de vê representar uma contribuição da dignidade e para a construção da cidadania crítica e participativa.

Os educandos da educação de jovens e adultos, segundo o texto, apresentam aspectos homogêneos e heterogêneos. De homogeneidade, porque agrega membros de “não crianças”, de excluídos da escola, e pertinentes a parcelas “populares” da população pouco escolarizadas e inseridas no mundo do trabalho em ocupações de baixa qualificação profissional e baixa remuneração. A heterogeneidade, no desenvolvimento de formas peculiares de construção de conhecimento e de aprendizagem, já que o funcionamento psicológico para os membros de um mesmo grupo se difere. Jovens e adultos de um mesmo grupo cultural, apresentam pensamento referido ao contexto da experiência pessoal imediata, dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldades de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva. Entretanto, nesse mesmo grupo, há pessoas que não apresentam tais características.

Jovens e adultos procuram a escola inicialmente motivados pela expectativa de conseguir um emprego melhor, ou então são levados pelo desejo de elevação da auto-estima, e da melhoria de sua vida pessoal. Como por exemplo, ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Entende-se que o maior motivo da procura da escola é a necessidade de fixação de sua identidade como ser humano e ser social.
A escola voltada para a educação de jovens e adultos, portanto, deve ser ao mesmo tempo um local de confronto de culturas e interação social.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O surdo e a Aprendizagem

Historicamente as pessoas surdas têm sido excluídas do espaço onde tem se efetivado a aquisição da linguagem oral e escrita daqueles que freqüentam as classes regulares.
O ser humano é dotado de diferentes funções sensoriais e através delas relaciona-se como mundo e desenvolve suas aprendizagens. Ouvir é uma dessas funções e sua privação implica a necessidade de especializar outras modalidades sensoriais para a aquisição de conhecimento, na busca de informações e estabelecimento de relações interpessoais.
Os alunos necessitam de um trabalho constante no sentido de estabelecer e aceitar uma identidade surda, buscando constantemente superação de desafios que se apresenta na escola, na família e na comunidade, assim faz-se necessário um trabalho de sensibilização, para que a comunidade conheça o surdo, quais suas necessidades e potencialidades de forma que ele possa viver, conviver, trabalhar e ser feliz.